segunda-feira, 9 de abril de 2012

Interessados já podem se inscrever para as oficinas gratuitas na Estação da Cidadania


O Ponto de Cultura Estação da Cidadania e Cultura de Santos já está com as inscrições abertas para as oficinas de Literatura, Teatro, Fotografia, Vídeo, Comunicação Digital, História e Cultura Latino-Americana.
As aulas têm início no dia 17 de abril e acontecem de segunda à sexta-feira, das 19h30 às 22 horas e aos sábados, das 10h30 às 12h30 e das 14h20 às 17h30, na Estação da Cidadania de Santos (Avenida Ana Costa, 340).
Para se inscrever é necessário ter algum conhecimento ou experiência na sua área de escolha, com exceção da oficina de fotografia que terá uma turma para iniciantes.
Segundo o assessor técnico do Fórum, Célio Nori, nessa terceira edição, os participantes das oficinas terão como foco o desenvolvimento de trabalhos voltados para a Cidadania e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “O resultado das aulas vão integrar exposições, mostras de teatro e vídeo, além de publicação que contemple as produções de literatura e fotografia”, completa.
Outras informações podem ser solicitadas de segunda à sexta-feira, das 14h30 às 21h30, pelo telefone 3221 2034 ou pelo e-mail: contato@forumdacidadania.org.br.
Veja a programação: 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Réquien pela Cultura de Santos:

Por Flávio Viegas Amoreira (*)
Publicado no jornal A Tribuna, 6 de outubro de 2011, página A-2


"Não mais Festival Musica Nova, não mais a Santos com uma elite intelectualizada que se foi com d. Aura Botto de Barros e o Centro de Expansão Cultural, não mais engajamento por arte elaborada, questionamento crítico, só a desolada realidade de quem veio a veraneio"

O maestro Gilberto Mendes e esposa ao lado de Flávio Viegas Amoreira
Triste uma região que comemora boom econômico ainda abstrato, já com resultados caóticos, rejubilar o êxito oco de sua alienação. Em 2010, Santos só foi destaque cultural pelas iniciativas do Sesc, falo em nível nacional. Outra manchete pouco reverberada pelo provincianismo ressentido foi o fim do mais tradicional festival de música de vanguarda da América Latina e seu ressurgimento em Ribeirão Preto, em 2012. A mentalidade jeca é altamente sofisticada em cafonice: promove o raso para detonar o denso; em Santos, em termos de Cultura, tudo ficou difícil. Tudo! Política Cultural ao avesso: dois mandatos de desmazelo propositado. Quando o Festival Música Nova faz 50 anos e seu criador, Gilberto Mendes, comemora os 90, Ribeirão Preto assume pela USP, o que perdemos sem protesto. 
Em 2012 a cidade do interior recebe músicos de todo mundo, abrindo uma lacuna aviltante para quem se pretende capital do pré-sal. 


A Bienal de Dança e o Mirada de Teatro foram ofertados de maneira emocionante pelo empenho dessa instituição que vale por muitos ministérios da Cultura, o Sesc, sob o comando incansável de Danilo Santos Miranda. Não mais Festival Musica Nova, não mais a Santos com uma elite intelectualizada que se foi com d. Aura Botto de Barros e o Centro de Expansão Cultural, não mais engajamento por arte elaborada, questionamento crítico, só a desolada realidade de quem veio a veraneio. 


Por que não temos um Festival de Verão correspondente ao de Campos de Jordão? Por que só exaltamos nossos artistas de modo tardio nessa síndrome santista de necrofilia cultural? Ao prestigiar um espetáculo no Teatro Braz Cubas me deparo depressivo com o estado fantasmagórico dessa importante peça de nossa arquitetura, outrora cenário de intensa efervescência: umprédio degradado, com reforma prometida comprometendo todo o entorno sombrio da Pinheiro Machado. 


Os jovens do Festival de Teatro criado por Pagu resistem bravamente; Pinacoteca Benedicto Calixto e pontos de cultura como a Estação Cidadania na antiga Sorocabana são oásis na paisagem intelectualmente árida nesse horizonte turvado por arranha-céus dignos de Gotham City insossa. 


A boemia é sempre um termômetro para observar o agito cultural duma comunidade: assim é na Vila Madalena, Praça Roosevelt, Baixo Augusta: pois bem, em Santos, na madrugada modorrenta, até bares de hotel fecham como se o mundo de hoje adormecesse! 


O problema aqui não é a turma do não. A cidade disse sim em excesso aos desmandos do mau gosto,de uma caótica urbanização, A turma do "Sim senhor capitalista!" é sofismática: tenta calar qualquer brado de indignação. A proximidade com São Paulo deve ser ônus, não desculpa a nossa acomodação:cultura não é um tema afrescalhado para intelectuais de salão: é uma valor de exportação, moeda no PIB mundial. 


Cultura deveria ser irmã siamesa do turismo. A noção de progresso não se mede por cimento armado, ela só pode ser avaliada por aprimoramento ético, que é estético também, e evolução que depende dum fator além do cofre: a qualidade humana de convivência. 


O CD "Gilberto Mendes: Vários compositores num só compositor
do modernismo ao pós-modernismo"
Poderia estar só vivendo a literatura, mas o artista não deleta sua ancestralidade emotiva. A alma deveria vir com antiSpam: assim o espírito de um cidadão também poderia qualificar as mensagens que recebe do tempo e projeta aos que o sucederão. Os alcaides passam e são menos ou melhor lembrados: só os artistas se eternizam: uma terra que mata à míngua festivais e suicida, por indiferença, seus artistas não será bem recebida pelo futuro, onde a criatividade será o grande lastro.


(*) Flávio Viegas Amoreira - jornalista, crítico literário e agitador cultural. Sua publicação mais recente são quatro contos escolhidos para compor o livro Geração Zero Zero: fricções em rede (2011), organizado por Nelson Oliveira.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Movimento Rosa - Amor à Vida


A Campanha de Mobilização Contra o Câncer de Mama em Santos acontecerá no mês de outubro e tem esse ano como slogan: "Movimento Rosa - Amor à Vida".

Sobra a Campanha saiba que:
  • tem por objetivo "sensibilizar o público feminino sobre a importância da realização de consultas e de exames preventivos, como a mamografia"; e
  • no período de 20 a 22/10, das 8h às 16h, acontece trabalho de rastreamento de casos da doença nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e USF (Unidades de Saúde da Família) e no Instituto da Mulher (Av. Conselheiro Nébias nº 439).
Saiba mais sobre a Programação, clicando aqui.

Coronelismo eletrônico

Agência de notícias "pública" reproduz propaganda contra a democratização dos meios de comunicação

Por Centro de Mídia Independente



A matéria do dia 1/10/2011 da Agência Brasil sobre a repressão a rádios livres e comunitárias, assinada pela jornalista Isabela Vieira e pelo editor Vinicius Doria, após dar a palavra final a representantes da ANATEL, termina assim: "Na tentativa de burlar o controle do Poder Público, as rádios ilegais acabam operando em frequências inadequadas e podem interferir em serviços essenciais, como controle de tráfego aéreo e comunicações da polícia e dos bombeiros, acarretando riscos à população." No artigo a calúnia não está entre aspas, o que quer dizer que foi redigida nas próprias palavras da jornalista e do editor e, colocada ao final do texto, tem o efeito de palavra final, respaldada pela credibilidade da Agência que parece falar em nome de um suposto "Poder Público" que soa como "autoridade" separada da população brasileira. Agora já foi reproduzida por inúmeros jornais em todo o Brasil.
Este fato pareceria corriqueiro, não fosse a Agência Brasil parte da proposta do Governo de se democratizar os meios de comunicação do Brasil através da implantação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC): conjunto de meios de comunicação que se pretendem "públicos", distintos "dos canais estatais e governamentais" por "sua independência editorial" e com "controle social". A menina dos olhos da EBC é a TV Brasil, iniciada em 2007.

sábado, 1 de outubro de 2011

1ª Semana de Comunicação Social da UniSantos acontece de 3 a 8 de outubro


Conectamundi

Na programação de Jornalismo, a interação com a comunidade é formalizada em três palestras: Jornalismo e Cidadania, Comunicação e Cidade e Ressonâncias Comunitárias: mídia e redes de interesse social na Baixada Santista

 Por Vinícius Maurício
O curso de Jornalismo da Universidade Católica de Santos (UniSantos) tem  o prazer de convidar a todos para a 1ª Semana de Comunicação Social, a se realizar entre segunda (3) a sexta-feira (7), das 19h30 às 22 horas e sábado (8), das 9 às 12 horas. A iniciativa marca a realização de uma Semana única para os cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.
Com o tema Conectamundi: a vida nas redes sociais, o evento traz uma programação diversificada para o curso de Jornalismo, com palestras de interesse da comunidade em geral. Na abertura, o gerente de conteúdo do site UOL, Ricardo Fótios, fala sobre o papel do comunicador social como interlocutor entre os diferentes públicos que se conectam nas redes sociais.
Segundo o diretor do Centro de Comunicação e Artes (CCA) da UniSantos, Roberto Hage Chain, é também a primeira vez em que a programação abre para a comunidade, diretamente, com assuntos de interesse público.
Com as palestras Jornalismo e CidadaniaComunicação e Cidade e Ressonâncias Comunitárias: mídias e redes de interesse social na Baixada Santista, o curso de Jornalismo discute o tratamento que assuntos como Cidadania e Plano Diretor e suas implicações recebem na mídia local.
“Essa interação com a comunidade faz com que a Universidade seja mais permeável, o que é de interesse da própria instituição e também da Comunicação Social”, afirma Chain.
Para o diretor do CCA, a integração entre os cursos de Comunicação Social formaliza um novo momento, que, nos próximos anos, tende a se aprimorar: “Vamos colher os frutos dessa 1ª Semana e aprimorá-los, nos anos subsequentes, sempre buscando, na programação, ter a participação ativa da comunidade”.
Abertura – traz uma discussão sobre o papel do comunicador social frente às redes sociais, como Facebook e twitter, e a relação com os diferentes públicos que utilizam esses meios. O primeiro dia é comum aos três cursos de Comunicação Social e acontece na segunda-feira (3), das 19h30 às 22 horas, no auditório 310 do prédio principal.
Programação de Jornalismo - vem recheada de palestras importantes, em que cada convidado foi escolhido de acordo com o seu papel social e sua atuação profissional.
Na terça-feira (4), das 19h30 às 22 horas, no auditório 200 do prédio dos laboratórios, acontece a palestraJornalismo Esportivo, com relatos de experiências, oportunidade de trabalho, entre outros assuntos, com os jornalistas Alexander Roberto Gil Frutuoso, do blog do Santos Futebol Clube, do site de A Tribuna, e colunista de esportes da mesma empresa, e Conrado Giulietti, da Rádio Eldorado ESPN.
O assunto é Jornalismo e Cidadania, na quarta-feira (5), das 19h30 às 22 horas, no auditório 200 do prédio dos laboratórios. Na pauta, o trabalho do jornalista junto às comunidades e o relato de experiências de profissionais que se dedicam à formação e sedimentação da Cidadania.
Os convidados são os jornalistas formados pela UniSantos Maria Fernanda Portolani, que trabalha na ONG Camará de São Vicente, Michel Carvalho da Silva, mestrando em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), na linha de pesquisa Comunicação e Educação, e Mariana Felippe, do Instituto Elos.
Os jornalistas Fernando Allende, que já trabalhou em A Tribuna, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, Rafael Motta, subeditor do caderno Baixada Santista de A Tribuna, e o sociólogo e membro do Fórum da Cidadania de Santos, Célio Nori, se encontram na mesa Comunicação e Cidade.
Os jornalistas e o sociólogo discutem a cobertura regional de assuntos como Plano Diretor, boomimobiliário e suas implicações, Cidadania, Zonas de Interesse Social e Direito à Cidade. O encontro ocorre na quinta-feira (6), das 19h30 às 22 horas, no auditório 200 do prédio dos laboratórios.
A sexta-feira (7) fica por conta da palestra Ressonâncias Comunitárias: mídia e redes de interesse social na Baixada Santista, com o editor-chefe do jornal A Tribuna e o professor e pesquisador da USP Diósnio Machado Neto.
Os convidados explanam sobre os processos de Comunicação e relacionamentos utilizados pelas diversas comunidades de interesse na região. E conversam sobre a participação da Cátedra Giusfredo Santini, da UniSantos, no estudo científico da realidade comunicacional da Baixada Santista.
Assessoria de Comunicação Pública reúne profissionais de Jornalismo e Relações Públicas, no último dia do evento, sábado (8), das 9 às 12 horas. Os jornalistas Raul Christiano, Karina Praça, Marcos Fonseca e o relações públicas Marco Antonio Delgado falam sobre a Comunicação Social nas instituições públicas, o direito à informação e a relação entre assessor e profissional de imprensa.
Avant-première – O pontapé inicial para a 1ª Semana de Comunicação Social da UniSantos foi dada pelo curso de Jornalismo, que recebeu, no dia 20 de setembro, o jornalista João Paulo Charleaux, formado pela Universidade em 2000. O convidado ministrou a palestra Cobertura Jornalística em Conflitos Armados.
Atualmente, jornalista é editor-assistente da editoria Internacional do jornal O Estado de S. Paulo, e mora no Chile. Charleaux contou sua experiência em coberturas do terremoto do Haiti, dos protestos estudantis no Chile, falou também sua opinião sobre a cobertura de Internacional da América Latina e da África.
Para ele, o Jornalismo não é “tão bacana” como a maioria das pessoas pensa e como a própria mídia mostra. E o Jornalismo Internacional ainda é visto com “glamour” pelas pessoas, pois oferece ao profissional de Comunicação a oportunidade de viajar.
“Quando ficam sabendo onde trabalhei, pensam logo que sou bem sucedido. Mas ser bem sucedido não é trabalhar para uma grande empresa. Principalmente quando se trabalha com conflitos e desastres naturais, como trabalho, essa noção de sucesso relacionada à empregabilidade é relativa”, conta Charleaux.
O jornalista ainda alertou os estudantes de Jornalismo presentes: “Estou lançando a semente para que não se contentem com a empregabilidade. E afastem o 'canto da sereia' de achar que a gente só conta histórias”.
Para ele, ter trabalhado em lugares em situação de conflitos e de desastres lhe fez perceber que o Jornalismo não deve ser visto com “glamour”, mas como uma maneira de fazer algo pelas pessoas que precisam de ajuda.
Serviço – Para participar das oficinas da 1ª Semana de Comunicação Social, os alunos precisam se inscrever, previamente, até segunda-feira (3). As palestras são abertas, inclusive à comunidade em geral. Para emissão de certificado, os alunos pagam uma taxa de R$5. A presença será dada somente se o aluno ficar pelo menos até 20 minutos antes do final de cada palestra. A participação dos alunos na Semana é obrigatória e conta como Atividade Complementar. Outras informações e a programação completa no Facebook: http://facebook.com/scsjornalismo e no twitter.com/SCS_Jor.